Tarifaço de Trump ameaça aprofundar desigualdades regionais no Brasil
Estudo da FGV revela que Norte e Nordeste serão os mais prejudicados por novas taxas de exportação dos EUA; impacto é menor no Sudeste e Centro-Oeste

A nova política de tarifas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está provocando forte apreensão no Brasil. Com a taxação de até 50% sobre cerca de 700 produtos, o chamado "tarifaço" já tem causado impactos econômicos e sociais mesmo antes de sua aplicação total.
Segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), o efeito será desigual entre as regiões brasileiras. O Nordeste e o Norte, que concentram exportações de frutas, mel, pescados e produtos primários, devem sofrer os maiores prejuízos. O Piauí, principal exportador de mel, já sente a queda no preço pago aos produtores locais.
Enquanto isso, regiões como o Sudeste e o Centro-Oeste apresentam maior resiliência. Produtos como petróleo e grãos foram menos afetados ou ficaram fora da lista de taxação, o que garante uma proteção maior a essas economias.
Especialistas alertam que o Brasil precisa diversificar mercados e fortalecer políticas regionais para reduzir a vulnerabilidade a decisões unilaterais como essa.