PF indicia Bolsonaro, Carlos, Ramagem e mais 33 por espionagem ilegal; Camilo Santana foi um dos alvos

Mendes Rodrigues • 17 de junho de 2025

Investigações apontam que ex-presidente e aliados usaram estrutura da Abin para monitorar ilegalmente opositores, incluindo o então governador do Ceará, Camilo Santana.

A Polícia Federal indiciou, nesta terça-feira (17), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e outras 33 pessoas no inquérito que investiga a chamada “Abin paralela” — esquema de espionagem ilegal operado durante o governo Bolsonaro, por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).


Entre os alvos da suposta organização criminosa estaria o atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT), na época governador do Ceará. A PF apura que o Palácio da Abolição, sede do governo estadual, foi monitorado por drones em 2021, em ação operada por integrantes da Abin.


De acordo com os investigadores, Carlos Bolsonaro chefiava o chamado “gabinete do ódio”, responsável por usar informações obtidas ilegalmente para ataques públicos. Já Bolsonaro teria conhecimento do esquema e se beneficiado dele. O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, é apontado como o organizador da estrutura de espionagem.


As investigações revelam que jornalistas, ministros do STF, ex-presidentes da Câmara e outras autoridades também foram monitorados de forma clandestina. O caso segue sob análise da Justiça e pode ter desdobramentos políticos e jurídicos significativos.


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