O brega que virou arte: 92 anos do nascimento de Waldick Soriano
O brega que virou arte: 92 anos do nascimento de Waldick Soriano

Neste 13 de maio, o Brasil lembra com saudade e reverência os 92 anos do nascimento de Waldick Soriano, o eterno cantor da dor de cotovelo e símbolo maior da música romântica popular. Nascido em 1933, no distrito de Brejinho das Ametistas, em Caetité (BA), Waldick transformou a dor em poesia, e os desencontros amorosos em canções que atravessaram gerações.
De origem humilde, lavrador, garimpeiro e engraxate antes de virar artista, Waldick conquistou o país nos anos 1950 com seu estilo marcante: óculos escuros, roupas negras e uma voz carregada de sentimento. Sucessos como “Tortura de Amor”, “Eu Não Sou Cachorro Não” e “A Dama de Vermelho” se tornaram hinos de quem já sofreu por amor.
Muito além do “brega”, Waldick foi um fenômeno cultural. Sua vida virou filme, ele se aventurou na televisão, e teve sua obra redescoberta por gerações que aprenderam a ver beleza na sinceridade de suas canções.
Mesmo após sua morte, em 2008, seu legado permanece vivo — agora, com seus restos mortais repousando em sua terra natal, ao lado de sua família, como queria seu coração sertanejo.
Hoje, o Brasil não celebra apenas a memória de um cantor. Celebra um homem que deu voz aos sentimentos mais profundos do povo. Waldick Soriano vive. Em cada letra, em cada refrão, em cada lembrança.