O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou nesta quinta-feira (15) o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi assinada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que também nomeou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade, como interventor. Ele deverá convocar novas eleições “o mais rápido possível”.
O magistrado declarou nulo o acordo que havia viabilizado a reeleição de Ednaldo, sob a justificativa de possível falsificação da assinatura do ex-presidente Coronel Nunes, além de questionar sua capacidade mental para assinar o documento. Esse acordo havia encerrado uma ação judicial que contestava o processo eleitoral da CBF, abrindo caminho para a aclamação de Ednaldo em março.
Fernando Sarney, agora no comando provisório da CBF, é ligado à ala opositora e não integrou a chapa de reeleição de Ednaldo. Ele terá a responsabilidade de organizar novas eleições dentro da entidade.
Cabe recurso à decisão nos tribunais superiores. Esta é a segunda vez que Ednaldo é afastado do cargo — a primeira foi em dezembro de 2023, quando conseguiu retornar por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF.
A decisão ocorre poucos dias após Ednaldo anunciar, de forma antecipada, a contratação de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção, movimento interpretado como tentativa de fortalecimento político em meio à crise.
