Neste 19 de junho, completa-se exatos quatro anos desde que o Brasil chegou à triste marca de 500 mil vidas perdidas para a Covid-19. Era 2021 e o país enfrentava um de seus momentos mais críticos da pandemia, com a média móvel de mortes voltando a ultrapassar 2 mil por dia e os sistemas de saúde em alerta.
O número simbólico foi atingido naquele sábado, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa com base em dados das secretarias estaduais de Saúde. Ao todo, eram 500.022 mortes e mais de 17,8 milhões de casos confirmados. A marca foi alcançada 459 dias após o primeiro registro da doença no país, em março de 2020.
Naquela semana, o Brasil enfrentava uma nova escalada no número de casos e óbitos. Apesar do início da vacinação, o avanço ainda era lento, o que contribuía para o cenário preocupante. O pior momento havia sido registrado em abril, quando a média móvel de mortes diárias chegou a ultrapassar 3 mil. A trajetória até os 500 mil mortos mostrou a aceleração da tragédia: enquanto os primeiros 100 mil óbitos levaram quase cinco meses para ocorrer, os últimos 100 mil — de 400 mil a 500 mil — se deram em apenas 51 dias.
Na época, o Brasil era o segundo país com mais mortes pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O marco deixou feridas profundas em milhares de famílias e se tornou símbolo da dimensão da crise sanitária vivida pelo país.
